segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A escola e a minha escolha.

Sempre fui contra esse negocio de colocar a criança cedo demais na escola, cedo demais para mim seria antes dos 2 anos de idade.
Claro que tenho a plena consciência de que para algumas pessoas não há escolha. Precisam trabalhar e precisam de um lugar seguro e adequado para deixar os filhos.
Algumas mães são solteiras e sustentam os filhos sozinhas, outras precisam do dinheiro para complementar a renda familiar, moram de aluguel, tem dívidas, precisam de dinheiro para por o que comer na mesa.
Porém, sempre fui contra mães que por puro egoísmo, colocam bebês na escolinha - sim antes dos 2 anos para mim é bebê - porque em casa elas não se sentem úteis, porque precisam trabalhar para bancar seus supérfulos e a vida que tinham antes dos filhos. Sinceramente,isso é puro egoísmo, e pessoas assim penso que as vezes, deveriam pensar milhões de vezes antes de engravidar.

Claro, é a escolha de cada um.

E a minha escolha foi ficar com a Beatriz até os 2 anos de idade, não trabalhar fora, não estudar, apenas cuidar da minha filha. Da vida que por escolha minha coloquei no mundo.
Se eu preciso trabalhar?Preciso. Já disse, passamos por coisas absurdas, e ainda hoje as coisas estão se estabilizando.
Porém nunca me arrependi da minha escolha, nunca deixei faltar nada para a Beatriz e fomos levando com o trabalho do marido, a ajuda do meu pai - que mora aqui, então ajuda a pagar contas, etc - e com meus bicos escrevendo por ai.

Se é fácil?Não é. Abrimos mão de muitas coisas, coisas bobas a maioria delas mas abrimos mão também de uma tranquilidade financeira. Mas acredito que, colocar a Beatriz em uma escolinha para eu trabalhar fora, nunca foi uma alternativa. Ou melhor foi uma alternativa descartada.

Acredito que, até os 2 anos de idade uma criança precisa de contato com a mãe, de carinho de mãe, de estimulo que somente a mãe e a família pode lhe oferecer. E não ser tratada como um bando em uma escolinha, por melhor que essa seja.
Claro que de nada adianta a mãe escolher ficar em casa se não for para ficar com o filho, se for para deixar pelos cantos, ou aos cuidados de terceiros.
Aquela coisa de ser contra a terceirização da criança colocando ela em uma escola, mas a terceirização dentro de casa cagar e andar.

Nunca acreditei nessa história de que criança que fica em casa é menos desenvolvida do que criança que vai a escolinha. Tudo depende muito, como disse a mãe/pai tem de estimular promover atividades para isso, estar presente não só na casa mas na vida e no desenvolvimento dessa criança.

Hoje a Beatriz tem um desenvolvimento motor incrível, é super esperta, fala coisas que eu me pergunto " com quem ela aprendeu isso?", está sim se desenvolvendo super bem mais do que algumas crianças que frequentam a escolinha a um bocado de tempo.


Em Abril desse ano fiz inscrição em uma escolinha publica aqui perto de casa, é um pouco diferente chama-se NAVE MÃE. É uma escolinha construída pelo "Governo" e administrada por uma ONG.
Porém em Abril haviam 92 crianças na frente dela para ser chamada, não me preocupei até porque não havia pressa já que pretendia coloca-la apenas depois dos 2 anos. Fiz a inscrição tão antecipadamente justamente por conhecer essa demora.
Por esses dias conversando com o marido, resolvemos que seria bacana pesquisar valores de algumas escolinhas mesmo sendo algo que não estava nos meus planos. Queria um sistema que eu já conhecia e confiava.
Graças a uma sorte danada antes mesmo de começar essa busca, a Tia Marlene - ela outra vez - conversou com a diretora de uma escola publica de um bairro aqui próximo ao que moramos, e por elas serem bem próximas a diretora sugeriu que coloca-se o nome da Beatriz novamente na lista só que para aquela escola, e que com certeza ela estaria dentro. Bom, saberemos ao certo mês que vem.

E o porque eu decidi coloca-la em uma escolinha agora?
Acredito que, agora sim fará diferença na vida dela. Porque antes dos 2 anos não há muito o que se fazer em uma escolinha, tudo que fazem lá está dentro da possibilidade dos pais fazerem com a criança em casa. Agora acredito que seja importante a partir dos 2 anos a socialização com outras crianças, com outras pessoas, uma independência maior.
Claro que se a Beatriz não se acostumar com a ideia eu não penso duas vezes para tira-la e voltar a ficar com ela em casa.

A vida é sim feita de fases. Tanto para as crianças quanto para os adultos.
Se minha filha - ou até mesmo eu, porque não? - esta pronta para essa fase, não sei. Só saberei quando começarmos essa nova etapa.
Isso é algo muito pessoal, muito individual. A filha do fulano pode estar preparada aos 2 anos para a escolinha, a minha não.
Mas acredito que só tentando iremos descobrir.

E o que eu vou fazer nesse tempo? Eu vou estudar, cuidar do meu pai, da minha casa, do meu marido, correr atrás das coisas que eu quero, continuar trabalhando com o que eu estou no momento que enfim está caminhando para um caminho bacana. E nunca deixar de viver cada momentinho que posso com a Beatriz.

Faço por mim e pela minha filha o melhor para a gente. Obviamente isso não é adaptável a qualquer família, situação. Nem todos estão preparados.
E é isso, estamos de braços abertos para essas novas fases ou etapas seja lá o que isso for.


Beijos

5 comentários:

Mônica Brandão disse...

Concordo contigo. Acho que quando a família dá conta, a criança não precisa ir para a escola tão cedo. Por melhor que seja o local, ela será uma aluna e não uma filha. E quando a pequena criatura vai para a escola, entra em contato com todos os vírus do mundo e passa uma fase de várias viroses. Com o organismo mais desenvolvido, algo que só ocorre depois dos dois anos, ela (e os pais!) não sofrem tanto. Tive duas situações: na primeira filha eu trabalhei fora e ela ficou com o pai em casa. Na segunda nos trocamos. Mas optei por ter uma mega blaster ajudante com a casa e divido meu tempo entre trabalhar como autônoma e ficar com as meninas. Fiz dessa forma porque, primeiro, precisamos da minha grana. Segundo, sou mais feliz trabalhando também. Mas vejo como o fato das duas terem passado três anos com um dos pais em casa fez diferença na vida delas. Mas também acho que trabalhar fora não é desculpa para não estar presente. Mesmo em famílias que ambos trabalham fora e a criança vai para a escola, existem maneiras de cuidar bem dos filhos. Basta não ter preguiça, né?
beijos
Mônica

Rafa Vac disse...

é uma situaçao que tem que ser analisada por cada pai e mae... mas é FATO que nada pode ser desculpa para nao estar presente, falo isso pois vejo crianças que muitas vezes ficam pouco tempo com os pais, por diversas razoes...
e a escolha da escola a principio é funçao dos pais.. mas la na frente as escolhas serão feitas juntas

Kika Del Piero disse...

Quem diz que uma criança vai se desenvolver melhor na escola é porue nunca deu aula.
Eu tenho aluna de 10 anos que simplesmente desistiu de aprender, isso é sério.
Aprendeu com os outros que tanto faz ela aprender ou não, pq vai passar de ano e preferiu não aprender...
E pra por na escola tb precisa de acompanhamento dos pais sempre, ir nas reuniões, falar com a professora.. pq senão já sabe o que vira, ou melhor... não vira nada

Viviani F. Polli A. Barbosa disse...

Bom, como eu sempre falo, cada um sabe onde o calo aperta. Graças a Deus, minha Bia ficou com as avós para eu trabalhar - um dia cada avó. Sabe, foi excelente. E aquela história que vó estraga, pura balela. Beatriz é uma flor.
Optei por colocá-la na escola com 3 anos. A pediatra achou legal, pois tem a história da resistência maior, e blá, blá, blá. Mais uma balela, na minha opinião.
Mas, a escolinha é super importante. Criança tem que brincar com criança e como em casa não tem criança, foi uma experiência muito legal para ela e para nós.
Espero que tudo corra bem (sei que vai). E vê se não vai dar piti no primeiro dia de aula dela, hein. Não vai fazer a menina pagar mico desde pequena (hahahahaha).
Beijos.
Vivi

gabriela disse...

concordo muito.
tb quero que o nino vá pra escola só depois do dois anos.

bjbjbj

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